Contratação de Médicos para o Hospital de Corrente é tema de reunião entre Sindicato e Vereadores
Em reunião com vereadores do município de Corrente e o Ministério Público, o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), cobrou ao governo do estado do Piauí a contratação de médicos e enfermeiros para enfrentamento a pandemia do Covid-19 no Hospital João Pacheco Cavalcante. Treinamento, medicamentos e mais respiradores também foi tema da pauta da reunião ocorrida na última quarta- feira (13).
A ausência da secretaria municipal de saúde foi cobrada pelo presidente da Câmara, Toni (MDB), apesar da secretária Lindaura Perpétua ter justificado, ele disse que deveria ter mandado representante, pois a urgência e emergência é assunto de interesse do município e, todas as autoridades devem abraçar a causa juntos.
De acordo com o diretor regional do SIMEPI, em Corrente, Wilson Granjeiro, médicos que se enquadram no grupo de risco estão se afastando e por isso é imprescindível a substituição para que as escalas de plantões não fiquem descobertas. “Que seja feita uma cobrança ao governo do estado para liberar mais recursos para contratar mais médicos e equipe de enfermeiros, com essa quantidade não vai dar mesmo, tem colega que já se afastou por ser do grupo de risco. A equipe que tá tocando o hospital é do grupo de risco, mais de 60 anos”.
O diretor do Hospital João Pacheco Cavalcante, Daniel de Sousa Lima, informou que a divisão de setores acarretou uma sobrecarga e uma saída para essa situação seria a contratação de médicos da atenção básica para que cubram plantões no hospital. “Com essa divisão de setores, em que o médico que atende o setor de Covid não pode dividir com outro colega o restante do hospital, acarretou uma sobrecarga. A nossa preocupação é quando os nossos profissionais começaram a adoecer, nós não temos mais médicos na região. Alguns médicos que trabalham no município, não trabalham no hospital, eles não vão trabalhar de graça, vão receber os plantões”.
Ainda na reunião o diretor Daniel, informou que o Hospital tem dois ventiladores mecânicos em funcionamento, outro aguarda uma traqueia que já está a caminho. Destacou que recebeu uma ambulância nova, e que está sendo construído um pronto socorro aos fundos do hospital, para atendimentos de pacientes sintomáticos respiratórios, a obra terá capacidade para 8 leitos clínicos e 3 de estabilização, e está em fase de conclusão.
Por videoconferência a promotora de justiça, Gilvânia Alves Viana, informou que o Ministério Público está acompanhado a situação no que tange à medicamento, protocolos clínicos e contratação de médicos e profissionais, inclusive com cobrança á SESAPI para lotação médicos do último teste seletivo. "Esses médicos da atenção quando eles são contratadas não é exigido dele cursos de urgência e emergência, será que que eles estariam preparados para esse atendimento no hospital? Não sei se eles teriam essa capacitação, especialmente em casos específicos que precisariam, por exemplo, de intubação”.
O presidente da casa, Toni (MDB), pediu ao hospital que encaminhe uma demanda da unidade para encaminhar as autoridades em Teresina. “O Hospital envie outra relação com as demandas do para nós da câmara enviar um oficio para o secretário de saúde, governo do estado, e assembleia legislativa. Assim que o hospital mandar a demanda, nós enviaremos esse o mais rápido possível para Teresina”.
No mês de março, os parlamentares apresentaram um requerimento ao executivo municipal, solicitando o remanejamento das emendas impositivas já destinadas à saúde para a aquisição dos equipamentos, questionada sobre a viabilidade jurídica da ação, a promotora de justiça Gilvânia Alves Viana, disse ser possível a compra.
Estiveram presentes os vereadores Cristovam Neto (PSD), Gutão (PP), Gilmário Lustosa (PSL), Riva (PTB) e Salmeron Filho (PSL).