Vereadores discutem destinação de emendas impositivas para compra de respiradores

Na manhã dessa segunda-feira (04), vereadores do município de Corrente (PI), estiveram reunidos com a secretária de saúde, Lindaura Perpétua e com a promotora de justiça, Gilvânia Alves Viana, para discutir a compra de respiradores com recursos de emendas impositivas.

No mês de março, os parlamentares apresentaram um requerimento ao executivo municipal, solicitando o remanejamento das emendas impositivas já destinadas à saúde para a aquisição dos equipamentos.

O presidente da Câmara Toni (MDB), destacou a importância do município adquirir os respiradores com as emendas e doar ao Hospital, segundo ele, se for esperar pelo estado é algo impossível. “Esperar pelo governo do estado, é impossível aqui pra nós, há muitos anos cobramos e nunca chegam e estamos em momento muito crítico. O estado se prontificou mandar dois respiradores e até hoje nunca chegaram, então, com essas emendas talvez dá pra comprar dois ou três”.

A secretária de saúde do município, Lindaura Perpétua, disse entender a necessidade dos respiradores, mas, enfatizou a função de atenção básica, e que esse investimento na unidade hospitalar estadual pode trazer dificuldade ao município. “A necessidade é inevitável, mas nós como atenção básica, temos outras coisas que faltam, que tá sendo importante nesse momento, e os recursos são poucos. Se a gente tirar o dinheiro da atenção básica, nós vamos ter dificuldade”.

O diretor Clínico do Hospital João Pacheco Cavalcante, Wilson Granjeiro, disse o respirador é necessário para o hospital. "Não se concebe um hospital sem um respirador, não existe isso, é só aqui. É necessário, a Covid evolui rapidamente, não dá tempo chegar em Bom Jesus não, isso que é preocupante". 

A promotora Gilvânia Alves Viana, participou da reunião por videoconferência, e fez algumas ponderações aos parlamentares. De acordo com ela, os equipamentos estão sendo adquirido por um elevado custo no mercado e, estão com demora de chegada, disse também que os recursos enviado ao município para combate ao Coronavírus, é pouco."Essa aquisição pode faltar posteriormente para aquisição EPIs para os profissionais, desinfecção de ruas, barreiras sanitárias. Talvez o reforço nas ações primarias a atenção básica de combate e isolamento seja necessário do que os respiradores que serão insuficientes para atender a população de Corrente".